quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Versões da Verdade

Mentiras, mentiras e mais mentiras. É isso o que é publicado diariamente nos jornais impressos, rádio e tv. Ou melhor, não são exatamente mentiras, mas sim versões convenientes da verdade.
Desde quando a verdade interessa a alguém? Olha o caso do ruminante chefe e os comentários censurados do Jabor. Está tudo mais do que provado e o xarope ainda continua dizendo que não sabia de nada. Quem não sabe nada do cu é a rola! Picareta, sem vergonha!
A verdade não interessa. Pode estar estampada debaixo do nariz das pessoas e elas, preocupadas em olhar para seus respectivos umbigos, não fazem nada além de reclamarem e dizerem que “alguém” precisa fazer algo a respeito. Não vai aparecer um herói do nada e consertar o mar de lama que é a política brasileira. O povão precisa se mexer se quiser que algo mude, e uma das formas de fazer isso é se comprometendo um pouco mais na hora de votar e cobrar dos eleitos que cumpram o que prometeram.
Pra que estou me graduando em Jornalismo? Pra escrever as mentiras que os outros inventam? Pra fazer de conta que é a verdade e enganar o povão?
No início eu era um idealista: “Vou contar a verdade, custe o que custar”. Sim, eu ia. Não vou mais. Pq? Simplesmente pq não vale a pena, o esforço e o estresse. O povo não quer saber a verdade. Eles só querem pão e circo. É tudo questão de interesse: tendo o que comer e tv para os entreter, foda-se o resto. Olha o caso dos “Diários Secretos”. Os jornalistas “perderam” dois anos de suas vidas pesquisando e descobriram toda aquela sujeira. Pra que? Acabou tudo em pizza.
Ou então o Moluscão, que criou um monte de programas sociais pra dar o peixe ao cidadão comum, mas não os ensina a pescar (Isso é uma pilantragem sem tamanho pq os mantém cativos ao dependerem do “auxílio” e, consequentemente, garantem votos nas próximas eleições – o povo, ignorante, é seu próprio carrasco). Já dizia o slogan eleitoral de Ademar de Barros: “Rouba, mas faz” (Engana-se quem acha ter sido o Maluf o criador do slogan e tenho certeza de que o “tio Ademar” não recebeu nenhum tipo de direito autoral – pra bom entendedor, meia palavra basta).
E como é tudo questão de interesse, o meu é receber o “pagode” no fim do mês e tocar a vida da melhor forma possível. Se para isso eu precisar contar versões da verdade que melhor convenham a quem assina meu contracheque e fazer de conta que tudo anda às mil maravilhas é o que eu farei. E viva a liberdade de imprensa.

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