segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Calçudos

Sem dúvida alguma, um dos pontos negativos da capital paranaense. Um “calçudo” é basicamente alguém (ou alguma “coisa”, dependendo do caso) que usa roupas enormes, com o triplo ou mais do tamanho que um cidadão usaria numa vestimenta comum adequada ao seu corpo, normalmente em tons rosa bebê e/ou azul céu e boné de aba reta no mesmo tom das roupas. As calças (ou bermudas), por sua vez, são grandes, largas e tão caídas que o fundilho fica na altura dos joelhos e a metade da bunda do fulano ficaria exposta se não fosse a cueca para cobri-la. Utilizam tênis que parece um transatlântico no pé e possuem diversos piercings do tipo “transversal” coloridos em cores aberrativas e espalhados pelo rosto, queixo, orelhas, nariz e língua. A maioria é do tipo magrelo de canela fina, acentuada pelo tamanho da bermuda e pela largura dos tênis. Esse foi um esboço de exemplar do sexo masculino. Também existem variações para o sexo feminino que não me atrevo a tentar descrever por ser bizarro demais, quase a visão do inferno. Como será que conseguem caminhar com aquelas roupas prendendo o movimento das pernas? A falta de mobilidade deve ser semelhante à das evangélicas com aquelas saias quase justas e que vão até os pés. Mas enfim, minha vontade qdo os vejo é deita-los numa cadeira de dentista, amarrar suas mãos, pés, cintura e cabeça com silvertape e arrancar aquele monte de piercings com um alicate.
Depois de conhece-los fisicamente, vamos para o lado comportamental. Calçudo só anda em grupo e são oriundos da periferia da cidade e municípios adjacentes. Já aprontaram tanto por aí (continuam aprontando) e estão tão marcados que devem borrar as calças só de pensarem na possibilidade de saírem sozinhos de casa.

Para não criar um mal entendido, deixemos claro que o simples fato de virem da periferia não constitui estereótipo de vagabundagem, mas sim suas atitudes. Continuando, os grupos andam pelas ruas com o famoso “tubão” nas mãos (refrigerante misturado com bebida alcoólica), enchendo a cara e procurando confusão. Não apenas à tarde ou à noite. São vistos nesta condição em qualquer momento do dia, inclusive durante a semana. A situação piora nos finais de semana, principalmente aos domingos, qdo a passagem de ônibus fica abaixo da metade dos outros dias. Em não raras vezes já presenciei atos de vandalismo, grupos rivais brigando pelas ruas e em outras várias já li sobre arrastões feitos pelo centro.
Não precisamos ir muito longe para encontrar exemplos: na semana passada, a RPC TV exibiu uma reportagem com imagens do circuito interno de tv sobre um grupo pixando a fachada de vidro do Memorial Curitibano no Largo da Ordem. Nem preciso dizer quem foi, né? Uma outra reportagem no mês de janeiro, desta vez exibida tbm pelo Jornal Nacional, mostrou a “brutalidade” policial em abordagem a um grupo de calçudos num município vizinho a Curitiba. Não vou entrar no mérito da questão se houve excesso ou não por parte da polícia. Se estão lá, quietinhos na deles, pode crer que estão maquinando algo. E coisa boa não é.
Preconceituoso, eu? Não, não. Escrevo o que vejo.

2 comentários:

  1. Olha, é muito chato generalizar e tal... mas como não ficar com medo quando a gente cruza com um grupo desses? Eu fico.

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  2. Uma profª da faculdade já me podou algumas vezes, inclusive em textos aqui no blog, por causa das generalizações. Até concordo em parte com ela pq em uma dessas (generalizações) posso acabar atingindo e ofendendo alguém que não tem nada a ver com o rolo e com certeza eu não gostaria de te-lo feito. No caso dos calçudos não há como evitar.
    Uma amiga da facu mora em Fazenda, tem alguns amigos calçudos e discutiu comigo por causa desse meu ponto de vista. Falei pra ela: "Ok, então me apresente pelo menos um desses seus amigos que não seja exatamente como descrevi acima e eu mudarei minha opinião sobre eles". Ela ficou quieta e mudamos de assunto.

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