quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Caminhos de São Paulo 2

A segunda parte da aventura será pelo marco zero da cidade, a famosa Praça da Sé; pelo Mercado Municipal; pela Avenida Paulista, todos conhecidos cartões postais da capital, exceto pelo fato de que apenas a Paulista é antigo reduto dos barões do café; entre outros. É na Sé que está a Catedral Metropolitana Paulista, ou simplesmente Catedral da Sé. Não vou entrar no mérito da questão religiosa, mesmo porque eu não sou católico. De qualquer forma, visitar as dependências da Catedral vale a visita não só pelo conteúdo arquitetônico de estilo gótico, mas também pela atmosfera interessante do lugar e pelo enorme órgão logo atrás do altar. Não sei precisar ao certo, mas o órgão tem alguns andares de altura. Um ambiente fantástico. Embora o marco zero da cidade seja a praça da Sé, a vila de São Paulo teve sua fundação no Pátio do Colégio.
[Caterdral da Sé vista do mirante do Banespa, parte da praça da Sé e Palácio de Justiça ao centro]
Aproveitando a proximidade, outras igrejinhas menores que valem a visita são as do Largo São Francisco, onde se encontra a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi nessa Faculdade, outrora conhecida apenas por Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que alguns dos famosos poetas do movimento conhecido como Romantismo se formaram, como é o caso de Castro Alves, Fagundes Varella e Álvares de Azevedo. [Arcadas do pátio interno da Faculdade de Direito]

Hora do almoço chegando, não há como não pensar nos tradicionais sanduíches de mortadela ou nos pastéis do Mercado Municipal, onde há de tudo um pouco, de todos os cantos do mundo, logo ao lado da Rua 25 de Março. O Mercado sofreu uma grande reforma em 2005 para recuperação da fachada e reformulação das instalações internas. Atrativos é o que não faltam, que vão desde o colorido dos vitrais, totalmente restaurados, até ao novo mezanino, construído especialmente para abrigar restaurantes de pratos típicos e tradicionais. [Pastel de Palmito com Queijo]

Apenas um dia é insuficiente para degustar todas as delícias que o Mercado tem a oferecer. Se você estiver na capital a passeio, recomendo os pastéis das bancas no piso térreo, mas se você for morador desta cidade cosmopolita continuo recomendando os pastéis, porém há a possibilidade de retornar no próximo final de semana para degustar um dos pratos dos restaurantes ou o sanduíche de mortadela. Eu particularmente prefiro as iguarias árabes de um dos restaurantes do mezanino ao invés do sanduíche. Em qualquer um dos casos, o local virou ponto de referência de boa gastronomia e recomendo chegar cedo para conseguir uma mesa.

[Mercadão visto do mezanino e vitral ao fundo]

Deixando as ruas sujas e empoeiradas do centro para trás, vamos de Metrô rumo à Avenida Paulista, local onde moravam as tradicionais famílias em suas mansões e continua sendo hoje o metro quadrado mais caro da América Latina. Depois que o local deixou de ser moradia das famílias mais abastadas e tornou-se cobiçado ponto comercial de empresas nacionais e estrangeiras, um novo projeto arquitetônico se fez necessário. Única avenida do país a ter cabeamento elétrico subterrâneo (idêntico às maiores cidades dos países desenvolvidos), o projeto original era o de um boulevard e destinava a superfície a um grande calçadão para tráfego de pedestres e túneis subterrâneos destinados ao trânsito de veículos. Como bem sabemos, o tal projeto não foi levado a cabo e o local continua como uma avenida comum, onde carros e pedestres dividem o mesmo espaço. Claro, cada um no seu local apropriado. Os tais túneis continuaram lá por um bom tempo até que foram aproveitados para abrigar uma parte da linha 4 verde do Metrô.

[Continua...]

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