quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Caveira

Fiquei sabendo do caso de um jovem de 23 anos que veio a falecer na tarde deste último sábado, vítima de um assalto. Depois de ter entregue relógio e celular, o meliante atirou pela lateral esquerda do rapaz, com o projétil saindo pela lateral direita. No trajeto, a bala estraçalhou o baço, um dos rins, a veia cava inferior (que leva o sangue da parte inferior do corpo de volta ao coração) e a veia mesentérica (responsável pela irrigação do intestino). Traduzindo: ficou dois dias internado, recebeu 5 bolsas de sangue e veio a óbito pela extensão dos ferimentos.
O caso daqueles três adolescentes chapados me fez refletir acerca da violência urbana sem levar em conta a questão social do indivíduo que não teve oportunidades na vida e viu alguma perspectiva na atividade ilícita, ou seja, não encontrou trabalho pq não teve estudo de qualidade e sua única opção foi cair na criminalidade. Será que foi a única mesmo? É bem provável que me contradiga em alguns argumentos por não ter encontrado uma possível solução pacífica a este problema que aflige a todos nós.
Nada se sabe sobre o autor do disparo no caso citado acima. Mas em outros tantos casos, o meliante é preso em flagrante, chega à delegacia e é liberado ou, no caso de condenado pela justiça, cumpre um terço da pena e é solto por bom comportamento ou aproveita a deixa daquelas porcarias de indulto de natal, ano novo, dia das mães, o inferno que seja, e não retorna à prisão. Se prisão resolvesse algo, o cara ia pra lá, cumpria pena e retornava reabilitado à sociedade. Mas não! Saem de lá ainda piores. Veja bem, o cara é preso, sai numa boa e volta à criminalidade.
E ainda me chamam de radical quando digo que esses vagabundos só tem jeito qdo amanhecem no meio do mato com a boca cheia de formiga. Morreu? Então que vá para o diabo que o carregue. Pelo menos o lazarento do “presunto” não ressuscita pra infernizar a vida do cidadão de bem.